A colocação da prótese na mama pode ser posicionada subglandular, submuscular ou biplanar (plano duplo). A escolha do tipo de implante e qual técnica a ser realizada deve ser baseada nas características teciduais e anatômicas da paciente. A experiência do cirurgião deve ser criteriosa na escolha do tamanho e na localização apropriada do implante para que tenha o menor índice de complicações e um melhor resultado estético a longo prazo.
Há 30 anos quando comecei minha carreira havia muita polêmica em relação ao posicionamento da prótese e usávamos tanto em cima quanto embaixo do músculo baseado nas características do paciente. Hoje, a maioria das próteses eu coloco embaixo do músculo e em duplo plano por pelo menos há 18 anos. Posso dizer com toda propriedade que meus problemas de pós-operatório diminuíram muito e também os resultados a médio e longo prazo estão bem melhores. Nos Estados Unidos também hoje é mais comum colocar a prótese subpeitoral ou em plano duplo. Aqui no Brasil coloca-se muito ainda em cima do músculo por ser tecnicamente mais fácil, mas, tudo envolve bom senso. Principais vantagens da prótese embaixo do músculo e duplo plano:
Do ponto de vista oncológico, é melhor para a pesquisa de tumores. Trabalhei três anos no Instituto Nacional de Câncer (INCA) com reconstrução de mama pós-câncer onde aprendi as bases da técnica;
Em relação ao pós-operatório é um pouco mais dolorido (sensação de pressão, dolorimento), principalmente nos primeiros três dias, mas que aliviam com analgésicos. O importante é fornecermos resultados com boa aparência não apenas por anos, mas por décadas.