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Dr. Gilberto Bakonyi

Aumento de peso relacionado ao estresse.

Num momento de crise mundial pelo coronavírus o estresse entre as pessoas aumentou muito por vários fatores como a quarentena, o medo de morrer pela doença e os compromissos financeiros. Também, gera outras consequências como falta de sono, diminuição de exercícios físicos e aumento da ingestão de álcool que podem levar ao aumento do peso corporal.
O estresse produz alterações químicas no organismo que podem levar à obesidade principalmente em pessoas mais predispostas. Na presença dele, o cérebro não distingue ameaças reais ou imaginárias e reage da mesma forma liberando hormônios como o cortisol e adrenalina. Eles diminuem a queima calórica para poupar energia e enfrentar algum perigo.

Assim, na presença do estresse prolongado o cortisol em quantidade aumentada vai agir no hipotálamo (estrutura no cérebro que controla o apetite), ativa enzimas que aceleram a multiplicação de células de gordura, incentiva o depósito de gordura na região abdominal, promove a produção do neuropeptídio Y, que estimula a produção de mais gordura. O cortisol ataca também os músculos (principais “devoradores” de gordura do nosso corpo) que passa a ser fonte de energia (proteínas) fazendo a musculatura diminuir de tamanho e ao mesmo tempo aumentando os depósitos de gordura corporal. Com isso, existe uma perda de massa magra e proliferação de células de gordura. Já a adrenalina liberada pode comprometer o sono e gera um ciclo vicioso de estresse e ganho de peso.

A pior qualidade de sono afeta a disposição para a prática de exercícios físicos. Com o estresse também aumenta a ação Grelina (hormônio da fome) que prevalece sobre a leptina (hormônio da saciedade).
As pessoas estressadas tendem a mudar seus padrões alimentares, desenvolvendo compulsões: consumo baixo de vitaminas e minerais, que regulam o organismo, e tendem a buscar conforto em alimentos calóricos e saborosos, que são comidas ricas em carboidratos e gordura, como bolos, doces massas e biscoitos. Com isso, libera-se no organismo a serotonina que é uma substância associada à sensação de bem-estar. Assim, o melhor sempre é evitar o estresse que contribui também para a hipertensão, doença cardiovascular, distúrbios autoimunes, diabetes e derrames.
Vamos ficar de olho no ponteiro das balanças e evitar abusar de táticas erradas como álcool, drogas e do cigarro que vão causar outros problemas à saúde. O mais importante é reconhecer os sinais de estresse: ansiedade, irritabilidade e tensão muscular.

Algumas dicas que podem ajudar:

Quer ver como anda seu Índice de Massa Corporal (IMC) e conferir se está no peso ideal?

“Não somos eternos, mas dispomos de dias repletos de possibilidades. Se hoje é amargo, precisamos confiar no amanhã, pois cada amanhecer é uma nova oportunidade de ser feliz.”