É muito comum observarmos perdas importantes de peso após a cirurgia plástica do abdome principalmente naquelas pacientes que estavam acima do peso. Elas referem um aumento da saciedade depois de comer e outras perda do apetite com consequentes perdas de peso muitas vezes bem acima do que foi retirado na cirurgia. Temos notado variações de perda de peso entre 5 e 20 Kg em um número muito grande de pessoas o que nos traz um sentimento de gratidão muito grande em parte pela melhora da autoestima do paciente e em parte de ver nosso esforço compensado. A abdominoplastia é indicada principalmente para aqueles casos que apresentam excesso de pele e gordura e ou dilatação da parede abdominal.
Em um trabalho realizado pela Sociedade Americana de Cirurgia Plástica os pesquisadores discutem possíveis “mecanismos neuroendócrinos” que podem promover a perda de peso após a abdominoplastia. Eles notaram que as mulheres que tiraram maior quantidade de tecido da barriga tiveram uma perda de peso mantida por um tempo maior.
Acredita-se que a remoção das células de gordura do abdome pode levar a níveis reduzidos de hormônios que afetam o apetite, que são secretados pelos tecidos gordurosos. Mas, ainda é necessário mais estudos para concluir essa hipótese. A conclusão principal desse trabalho é
que 3⁄4 dos pacientes após a abdominoplastia relataram um aumento da sensação de saciedade depois de comer ao longo do dia. Para ilustrar gostaria de reportar dois casos recentes que apareceram na mesma semana em meu consultório:
Houve perda de 20 kg após a cirurgia de abdominoplastia que concomitantemente melhorou de uma dor crônica de sua coluna (provável alivio da sobrecarga) e muito da sua autoestima em um período de 01 ano de pós-operatório;
Paciente diabética insulino dependente perdeu 10 kg em 45 dias de pós-operatório e que segundo ela os níveis de seu açúcar no sangue baixaram muito e queagora esta usando apenas 01 dose de insulina e antes eram três (em acompanhamento).
É muito importante salientar que o sucesso de uma cirurgia esta estritamente relacionada de uma interação colaborativa entre o médico e a paciente, pois seguindo essa premissa é uma cirurgia para o resto da vida.